
O ligamento cruzado anterior mede aproximadamente 38 mm de comprimento e 10 mm de largura, originando-se na face póstero – medial do côndilo femoral lateral, inserindo-se na interespinha da tíbia, a maior parte do seu suprimento sangüíneo é dado pela artéria genicular média e sua inervação é feita pelo nervo tibial.
Como ocorre a lesão do LCA:
Inúmeros testes descritos relatam que o Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e osso são capazes de suportar um determinado peso antes da ruptura, sendo este valor para atividades que exijam esforços. Já em atividades normais é exposto apenas a 45 kg. Em adultos jovens o alongamento do LCA pode chegar até 25% do seu valor normal sem ruptura, tendo neste valor uma redução com o aumento da idade.
As lesões do LCA ocorrem geralmente por mecanismos onde o estresse no ligamento é grande o suficiente para causar uma ruptura. As lesões podem ser parciais ou totais dependendo do movimento, força e alongamento, seu trauma pode ser direto ou indireto. Quase sempre a lesão é dada por uma manobra de torção, e desaceleração súbita geralmente seguida de estalos e hemartroses (acúmulo de sangue) presente dentro de poucas horas, ou ainda abdução com rotação externa e hiperextensão.
Outro mecanismo de lesão do LCA é quando o indivíduo fica com o pé no chão e promove uma força de rotação do joelho, ou seja, é ocasionado por uma hiperextensão, rotações com o pé fixo no chão, onde freqüentemente são observadas lesões de ligamento colaterais e mediais, ambas envolvendo mecanismo de desaceleração do movimento.
O Processo Cirúrgico:
Na maioria das vezes o LCA precisa de reconstrução cirúrgica, ela é feita por artroscopia e o médico cirurgião utiliza como enxerto (novo tendão) o terço central do ligamento da patela, tendão da musculatura isquiotibial ou aloenxertos.
A Fisioterapia:
A fisioterapia deve ser iniciada logo após a cirurgia, sendo somente encerrada na alta do paciente, devem-se especificar os exercícios dependendo do tipo da lesão, é iniciado com imobilização pós-operatória preservando esta por dois dias somente, sendo contra-indicado o uso de apoio durante a imobilização. Logo após a retirada da imobilização é recomendado o uso de muletas até a recuperação completa da amplitude de movimento articular.
Na fase inicial dar ênfase na extensão completa do joelho e utilizar durante a marcha muletas, mas descarregando o peso normalmente. Ensinar o paciente a caminhar para não adquirir uma marcha errada, usar gelo imediatamente para controle do edema e da dor. Alongamento da musculatura posterior da coxa com o auxílio de uma faixa, de preferência deitado. Na seqüência exercícios isométricos com o joelho em extensão realizando um movimento leve e controlado para iniciar o despertar do quadríceps. Iniciar exercícios com faixa elástica para a panturrilha. Importante também é começar a ganhar amplitude de movimento, leve, respeitando a dor do paciente e seqüencialmente, exercícios de cadeia cinética fechada na angulação inicial de zero a trinta graus de flexão. Bicicleta ergométrica sem carga com o banco alto para ganho de amplitude de movimento. Depois de duas semanas o paciente vai caminhar sem muletas e a variação e progressão dos exercícios vai de acordo com a capacidade do atleta.
Em minha vivência percebo que ainda existem muitas clínicas que não dão a orientação adequada para este tipo de tratamento prejudicando e adiando ainda mais todo processo de recuperação, por isso procure sempre um profissional especialista.
PRÓXIMO TEMA: SAÚDE DOS ESCOLARES
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