Bom dia Pessoal!
Hoje resolvi trazer um tema um tanto quanto discutível, talvez impensado e com certeza pouco analisado por nós e por nossas famílias. O tema envolve política, saúde, economia, bem-estar e felicidade. Na verdade, trata-se do Índice de Felicidade Interna Bruta das pessoas e sua influência na economia.
Discutido a 20 ou 30 anos atrás, isso ainda era um desvaneio ou talvez nunca atingível, porém, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas já está discutindo em todas as partes do mundo que a felicidade e o bem-estar das pessoas deve ser uma meta sócio-econômica mensurável pela sociedade e governantes para avaliar o desenvolvimento de um país, atualmente medido pelo PIB – Produto Interno Bruto.
A partir disso segue alguns questionamentos que nunca fizemos ou pouco discutimos entre nós:
POR QUE O PIB É INADEQUADO PARA MEDIR O BEM-ESTAR?
Em primeiro lugar, vamos assinalar que o PIB é parte integrante do FIB, uma vez que o crescimento econômico de fato promove o bem-estar e a felicidade dos mais pobres. Todavia, diversas deficiências do PIB também precisam ser reconhecidas.
Falta de distinções de natureza qualitativa: Existem muitos modos de se atingir o mesmo nível de PIB, que por si só não se importa, ou registra, se a riqueza foi gerada através de prostituição ou de meditação, ou mesmo se foi obtida de maneira estressante ou prazerosa.
Propensão ao Consumo: O PIB é uma acurada métrica para se determinar tudo aquilo que é produzido e consumido através de transações monetárias. Entretanto, se algum bem for deliberadamente conservado e não consumido, então esse bem deixa de ser registrado como um valor. Este mede muito bem o capital produzido, mas não mede outras formas de capital e serviços, tais como aqueles providos pelo meio ambiente, humanos e sociais.
Sub-valoriza tempo livre e trabalho não remunerado: O PIB não mede o tempo livre e nem tampouco o trabalho voluntário, não remunerado, revelando um sério preconceito contra trabalho voluntário e lazer. Todavia, o trabalho não remunerado e voluntário contribui para a felicidade e o bem-estar. Cuidar de crianças e idosos, bem como o trabalho doméstico, são serviços não remunerados que se dão à margem das transações do mercado. Essas atividades não estão precificadas, e são executadas por aqueles cuja motivação está acima do ganho financeiro.
Importância dos serviços pós-materiais: Uma vez que um certo nível de riqueza foi alcançada, como por exemplo, na Europa e no Japão, o objetivo das pessoas não são bens, mas em vez disso aquilo que está se chamando de “serviços pós-materiais que transcendem os bens”. Um aumento desses serviços está mais provavelmente influenciado pelo imaterial, que vem de fatores como família, amigos, segurança, redes sociais, liberdade, criatividade, significado para a vida e assim por diante. Esses benefícios das sociedades pós-industriais não necessariamente aumentam com a renda.
Gostaria que nesse momento, vocês que estão lendo, se perguntem: Vocês são felizes? Fazem as pessoas ao seu redor Felizes? Na macro e micro Sociedade que vocês vivem as pessoas são Felizes? O que é felicidade?
Digo que a felicidade é um bem público, porém subjetivamente sentido. A felicidade é, e deve ser, um bem público, já que todos os seres humanos almejam-na. Ela não pode ser deixada exclusivamente a cargo de dispositivos e esforços privados. Se o planejamento governamental, e, portanto as condições macro-econômicas da nação, forem adversos à felicidade, esse planejamento fracassará enquanto uma meta coletiva. Os governos e nós enquanto seres-humanos precisamos criar condições conducentes à felicidade, na qual os esforços individuais possam ser bem sucedidos.
A partir disso segue abaixo algumas dicas e caminhos desenvolvidos por pesquisadores que podem acima de tudo e de todos nos deixar mais felizes e causar bem-estar na sociedade, porém, não existe receita de bolo e sim, isto deve ser uma descoberta individual, coletiva e social das pessoas e dos governantes:
1) Relacione-se: As relações sociais são fundamentais para o nosso bem-estar. Estudos constataram que o bem-estar das pessoas aumenta quando seus objetivos de vida estão vinculados a família, amigos, vida social e política. Por outro lado, diminui quando associado a sucesso na carreira e ganhos materiais. Governos podem pensar em formas de incentivar os cidadãos a passar mais tempo com a família e com os amigos do que no trabalho. Por exemplo, com uma política de emprego que promova o trabalho flexível e diminua os deslocamentos, paralelamente a ações destinadas a fortalecer o envolvimento na sociedade local. Isso permitiria que as pessoas passassem mais tempo em casa e em suas comunidades de forma a construir relacionamentos cooperativos e duradouros.
2) Exercite-se: Pesquisas sugerem que fazer exercício melhora o humor e afasta a depressão e a ansiedade. Ser ativo também desenvolve as habilidades motoras das crianças e protege contra o declínio da capacidade cognitiva nos idosos. No entanto, pela primeira vez na história, a maioria da população mundial vive em áreas urbanas. Pelo desenho das cidades e pela política de transportes, os governos influenciam a maneira como circulamos na vizinhança e nos bairros. Para melhorar o bem-estar da população, a abertura de parques e áreas verdes incentivaria o exercício e o lazer. Priorizar as caminhadas e o uso da bicicleta em detrimento do automóvel é outra boa prática.
3) Fique ligado: Pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que a consciência de sensações, pensamentos e sentimentos pode melhorar tanto o conhecimento que temos sobre nós mesmos como o nosso bem-estar durante vários anos. Entretanto, no século XXI, o fluxo incessante de mensagens publicitárias de produtos e serviços deixa pouca oportunidade para saborearmos e refletirmos sobre as nossas experiências. Uma política que contemple ações de sensibilização emocional e educação para lidar com a mídia pode capacitar os indivíduos para navegar à sua maneira pela estrada da informação, preservando o seu bem-estar. A regulamentação de espaços livres de publicidade poderiam melhorar os índices de bem-estar.
4) Continue aprendendo: Aprender estimula a interação social, aumenta a auto-estima e nossa percepção de valor. Pessoas com um comportamento dirigido por objetivos pessoais para alcançar algo novo são capazes de aumentar a satisfação com a vida. Embora muitas vezes as políticas de ensino priorizem os primeiros anos de vida da pessoa, pesquisas psicológicas sugerem que esse é um aspecto importante para todas as faixas etárias. Portanto, políticas que estimulem o aprendizado, mesmo nos idosos, permitem que as pessoas desenvolvam novas competências, fortaleçam as redes sociais e se sintam mais preparadas para enfrentar os desafios da vida.
5) Seja generoso: Estudos em neurociência têm demonstrado que um comportamento cooperativo ativa áreas de recompensa do cérebro. Ou seja, ajudar uns aos outros dá prazer. Indivíduos que participam ativamente da vida de suas comunidades relataram maior bem-estar. E mais: sua ajuda e seus gestos tiveram a capacidade de repercutir positivamente entre as pessoas, gerando um círculo virtuoso. Pesquisa feita mostra que a troca mútua – o dar e receber – é a maneira mais simples e determinante de construir uma relação de confiança entre as pessoas e criar relacionamentos saudáveis. Sendo assim, os governantes poderiam investir mais numa política econômica que privilegie a vida em família e em comunidade.
Portanto, reveja seus conceitos, cobre seus direitos, mas faça os seus deveres, se afirme enquanto cidadão do mundo porque não existe segredo, nem receita, cabe a cada pessoa descobrir o que pode fazer de melhor a cada dia.
GRANDE ABRAÇO A TODOS E UM ÓTIMA SEMANA!!
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Um comentário:
Graças ...é mto compensador ver estas idéias escritas prá todo mundo ver...pensar e repensar...A vida tem mto a nos dar é preciso dar um passo em busca da felicidade,sentindo q posso ser e contribuir prá felicidade própria e dos outros , ,ser andante..ser buscador,ser social...
é ser gente,e é fácil,é só começar...
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